sexta-feira, novembro 09, 2007

Mariza, A23 e Sá Fernandes

Para fechar uma semana bem Tuga…


Mariza, A23 e Sá Fernandes. Questionam-se vocês o que há aqui de comum… Pois bem, são3 grandes exemplos de uma das mais elementares “Tuguisses”, o excesso de mediatismo.
Atenção que o Sá Fernandes é o Mano Ricardo e não o Zé… Esse dizem que faz falta (ao Costa…).
Ora bem comecemos pela Mariza. Não começo pela Mariza por alguma razão especial, apenas porque algum tema tinha de ser o primeiro, siga na Mariza! Bem sem que há o costume de dar primazia Às senhoras, mas ainda não me apetece comentar a A23.
Dizia Eu: Mariza, aquela preta branca de carapinha loira, com corpo de homem e uma grande cara de parva, que canta o fado. Sabem que é certo? Não? É uma amiga do Herman José. Pois a Mariza foi nomeada para um Grammy. Foi a primeira vez que um artista português foi nomeado para um Grammy. Eu acho que a nomeação não foi mais que um simpatia pela nossa organização da cerimónia de Lisboa, mas enfim… posso admitir que tenha sido o reconhecimento da qualidade da Mariza. Acontece que Portugal é um país muito pouco importante, muitas vezes desconhecido e outras vezes considerado pelos ignorantes como província de Espanha (e pelas sondagens era o que os portugueses queriam). Somos tão pequeninos que a Mariza conseguiu pegar no trabalho de décadas da Amália e deitar ao lixo em 2 minutos.
Amália levou o nome de Portugal por esse mundo fora, fez o mundo conhecer e se apaixonar pelo fado, respeitar o fado, as casas de fado eram ponto de passagem obrigatório dos turistas.
A Mariza conseguiu algo muito mais difícil, ser nomeada para um Grammy… e… perder para um grupo de gaiteiros da Colômbia quem arrebatou o prémio.
O fado perdeu para uns gaiteiros??????????
Até apetece dizer: “ora gaita!!!”, mas dizem que tu não gostas… não é Mariza?
Mediatismo??? Será? Acho que vou perguntar à Kátia Guerreiro, essa sim uma fadista de mão cheia!



A23, o que se passa com esta auto-estrada?
Outro dia foi o acidente brutal com o autocarro e o ligeiro. Hoje foi um Brasileiro que foi atropelado. Anda tudo doido?
Mas o que eu quero comentar sobre a A23 era apenas a reportagem no “Day-After” da SIC a hora de almoço.
Analisemos primeiro a situação: Houve um acidente, foi relatado e filmado, ligações em directo, foram interrompidos ministros (RTP) para fazerem ligações ao local, etc. …, Depois falaram sobre o acidente sobre os mortos, sobre os amigos dos mortos, sobre o funeral, sobre as indemnizações, sobre a cerimónia fúnebre, etc. …
A minha questão é: Porquê? Qual o interesse? Não podiam apenas ter dito que ocorrera um acidente grave, depois num qualquer jornal davam algumas imagens com um breve relato e ponto final?
É que chegámos ao ponto dos tipos no “Day-After” da SIC a hora de almoço ter ido para o Hospital de Castelo Branco entrevistar o Medico Legista a perguntar se a coisa estava a correr bem (Correr bem??? Abrir e fechar corpos??? Doentio???) e se os B.I.’s tinham aparecido para se proceder à identificação dos corpos (Isto interessa a quem?).
Será que houve mediatismo? Vou perguntar ao Exmo. Sr. Presidente da República o, qual visitou oficialmente o Chile levando uma comitiva de 30 empresários, visando fomentar a presença da economia portuguesa naquele país. Desculpem ter contado isto, tal não parece ser importante. Importante era saber o modelo do carro que bateu no autocarro e qual o tamanho dos sapatos da pessoa que ia sentada no lugar 33 do autocarro…


Sá Fernandes.
Andava ele sossegadinho sem quase dar nas vistas, quando afinal… Eis que Domingos Névoa, administrador da Bragaparques pediu a instauração de um processo disciplinar ao advogado Ricardo Sá Fernandes, por este, alegadamente, ter infringido o dever deontológico do segredo profissional.

Eis que surge a conhecida advogada Arménia Coimbra que sustenta que não há violação mais despudorada do que a do segredo profissional, acusando Sá Fernandes de «ter perdido assim a sua dignidade e independência, face à sua conduta como agente provocador».
«O papel de delator é, provavelmente, o mais grave atentado ao segredo profissional dos advogados», assinala a jurista, para quem Ricardo Sá Fernandes «actuou sem escrúpulos e foi desleal enquanto advogado».
Para quem pode não conhecer a peça, Arménia Coimbra (de Coimbra) pertenceu aos corpos sociais da Ordem quando Júdice foi bastonário.
A participação prende-se com a actuação de Ricardo Sá Fernandes que, enquanto defensor do irmão, José Sá Fernandes, terá sido contactado pelo empresário no sentido de lhe pedir que desistisse da acção popular que intentara contra a compra pela Bragaparques dos terrenos da Feira Popular, em Lisboa.
Na queixa, Domingos Névoa anexa uma sentença do Tribunal Cível de Lisboa, acerca de um conflito entre Emídio Rangel e a Lusomundo sobre a posse da sociedade TSF-Rádio Jornal, SA, na qual se dá como «provado» que Ricardo Sá Fernandes violou os deveres profissionais ao usar indevidamente, em benefício de Rangel, uma procuração que lhe fora passada pelo jornalista Cáceres Monteiro.
O Tribunal concluiu que o advogado actuou «contra as instruções do mandante e os interesses da sociedade beneficiária da procuração», ao passar a procuração de Cáceres Monteiro - sem poderes para tal - a Emídio Rangel, o que permitiu que este aparecesse como titular da quota que aquele jornalista havia vendido à Lusomundo.
O administrador da Bragaparques pretende, assim, demonstrar que já não é a primeira vez que Ricardo Sá Fernandes viola os deveres deontológicos.
Domingos Névoa recorda que em Julho de 2005 José Sá Fernandes, na qualidade de cidadão de Lisboa, intentou uma acção popular contra a Bragaparques. A defesa da Parque Mayer estava a cargo da advogada Rita Matias, sócia de Ricardo Sá Fernandes e sua colega de escritório, o que não impediu que o jurista aceitasse patrocinar a causa do irmão, com mandato forense instituído a 30 de Novembro de 2005.
Em 24 de Janeiro de 2006, quando ainda era advogado do irmão no processo, Ricardo Sá Fernandes ofereceu os seus préstimos à PJ de Lisboa, disponibilizando-se para obter provas contra o empresário, por este, alegadamente, lhe ter pedido que realizasse uma declaração pública sobre a «legalidade» do projecto do Parque Mayer e desistisse das acções judiciais conexas.
Arménia Coimbra defende que Ricardo Sá Fernandes «violou os deveres deontológicos para com os colegas e os clientes» e, também, o regime jurídico das Sociedades de Advogados ao aceitar patrocinar uma causa contra uma sócia de escritório.
Qual o interesse disto? quase nenhum, de todo o modo tem mais interesse que o autocarro da A23… a propósito, de que cor era o carro que bateu no autocarro?
Pelo menos foi um toque final ao jeito de feios, porcos e maus, com a participação dois inigualáveis irmãos Fernandes, a Coimbra de Coimbra, e uma pitada de Júdice (o tipo está em todas, até parece a pantera cor-de-rosa).

Já agora, caso queiram notícias que tenham importância nas vossas vidas……… o BCE manteve a taxa de juro. Em princípio a Euribor poderá descer, mas é certo que (caso a economia Europeia se mantenha a crescer com o ritmo previsto), as taxas de juro subam em 2008.

Bom FDS.

1 comentário:

Unknown disse...

Caro Genérico,

Quanto à Mariza, por acaso até gosto da voz da Senhora. Acho que ela, o Camané e o Carlos do Carmo são os melhores fadistas vivos. Mas isso são gostos, claro! Aliás, já esta semana falava sobre a Mariza com alguns amigos e apercebi-me que a senhora (e sobretudo aquele seu estilo/imagem causa bastante irritação a muita gente). No que toca ao mediatismo, até acho que se justificava. Como escreveu o Genérico, foi a primeira nomeação de um português para um "Gremlin", naquela categoria onde entra tudo o que não é "amaricano" e não cheira a caril (tipo gajo de Alfama). Ou seja, podemos ter a competir na mesma categoria os tais gaiteiros do Chile (medo, muito medo), uma fadista, uma intérprete de chanson française e um índio a fazer a dança da chuva. Enfim...

Quanto à A23 (que conheço razoavelmente), até é uma auto-estrada larga. É claro que é sempre preferível (e substrancialmente mais barato) andar a fazer piruetas com o traçado da auto-estrada a subir, descer e circundar montes e vales. Já fazer uns túneis a direito é que não...

Depois há sempre aqueles caramelos que tiram fotos nos acidentes. E a malta da televisão, pelos vistos, pertence a esses caramelos.

Neste caso, o mediatisto não foi muito. Foi totalmente despropositado!!! E de mau gosto. Então sabiam que eu vi (vi com os olhos, ninguém me contou) que a SIC fez uma reportagem no primeiro dia de aulas pós-acidente na malograda universidade da terceira idade, filmando em longuíssimos planos filas e filas de cadeiras vazias e choroso colegas de turma?!? Mau gosto daquele capaz de levar à náusea...

Finalmente, quanto à história do Sá Fernandes a mediatização não deve ter sido assim tão grande, pois nem estou a par da história (apesar de a mesma já ser antiga).

De facto, uma descida da Euribor é que era...