Ponta de lança nacional

Uma das coisas que ouvimos falar recorrentemente é da importância de experiências diferentes enquanto profissionais. A exposição a diferentes contextos, situações, indivíduos, etc, é sempre fruto do nosso crescimento enquanto pessoas.
Se isso se aplica nas nossas vidas profissionais também se aplica na vida de um jogador de futebol.
Vários são os casos de jogadores que tomava por limitados que passados uns tempos aparecem maduros e com capacidade para jogar em qualquer uma das equipas da Superliga.
Embora existam muitos preconceitos quanto a ele, muitos deles resultantes de um passado no futebol nacional, penso que a descrição é perfeita para João Tomás.
Vários dos jogos que tinha visto esta época do Sporting de Braga me tinham deixado surpreendido com as “novas” capacidades do ponta de lança bracarense. No entanto via os jogos de uma forma algo distanciada e sem a atenção que um jogo da minha equipa envolve. Ora no passado fim-de-semana o Sporting deslocou-se a Braga e tive a oportunidade de prestar atenção ao ponta de lança em acção. E digo-vos que fiquei maravilhado. É hoje o tipo de jogador que qualquer treinador nacional quer ter na sua equipa.
A forma como se move na frente de ataque é impressionante. Hoje, mostra ser um jogador de equipa, o qual quando não tem a bola força os defesas a abrirem espaços para que o possam marcar. O controle de bola que mostra ter e o seu tempo de remate são outros elementos que me deixam surpreendido. O golo marcado ao Sporting mostrou bem todas as capacidades deste jogador. No entanto os treinadores e dirigentes nacionais continuam a pensar que para se ser bom ponta lança é necessário o passaporte brasileiro.
Não percebo.